A testemunha UU relatou que na véspera do desaparecimento da CC, às "4h e tal da madrugada", levou o arguido AA de Silves até à Figueira, a casa da arguida BB. O AA levava uma mala e disse-lhe que o irmão UU o tinha posto na rua. Quando chegaram à casa da Figueira reparou que a arguida BB e o II se encontravam na sala a ver televisão.
A testemunha UU contou que o II trabalhou consigo, na área de Porches, durante quase 3 anos, até vir para a Figueira. Nessa altura eles vivam numa casa da testemunha, junto à casa onde a testemunha morava. Referiu que só o II trabalhava. Conheceu a CC e considera que ela era uma criança que estava triste a maior parte das vezes, mas acha que mãe e filha se davam bem e que a arguida BB não era fria com a CC. Referiu que a arguida BB mantinha a casa mais ou menos limpa, embora "não como nós". Também referiu que a CC ajudava a mãe, tendo-a visto varrer algumas vezes. Quanto ao arguido AA também o conheceu e chegou a dar-lhe trabalho, nunca tendo tido problemas com ele. Acha que ele tratava bem a CC, nunca o tendo visto a falar alto com ela.
A testemunha MM, padrasto do II, disse que a CC tinha estado em casa da testemunha no dia em que desapareceu, pois tinha havido uma festa de aniversário. Mais tarde, por volta da meia-noite, o telefone tocou e a mulher disse-lhe que era a BB a perguntar pela CC porque ela tinha desaparecido. Às 9h do dia seguinte encontrou a BB com o irmão AA quando ela vinha para Portimão fazer a queixa do desaparecimento da CC. Disse que a BB estava triste e que vinha com cara de choro. À tarde desse dia foi a casa da arguida BB que aparentava estar preocupada (no entanto a testemunha disse que achava que ela devia estar mais preocupada) e viu o arguido AA, que estava sentado no sofá. Confirmou que a Polícia Judiciária foi diversas vezes à sucata que a testemunha explora, algumas das quais com o arguido AA, e que andaram a ver os carros. Contou a testemunha que numa altura em que se encontrou com o arguido AA nas instalações da Polícia Judiciária, perguntou-lhe "afinal o que tinha acontecido" e o AA respondeu que "estava a ter relações com a minha irmã" e que "tinham morto a miúda", sendo que então a testemunha já não quis saber mais nada.
A testemunha AA1, irmã do II, relatou ter estado em casa da mãe, com a arguida BB e a CC, na festa de anos. Declarou que não viu o arguido AA nesse dia. Depois, na 2ª feira de manhã, uma das suas irmãs telefonou-lhe a dizer que a CC tinha desaparecido, pelo que foi a casa da BB ainda nessa manhã, antes de almoço. Quando chegou, a arguida BB vinha das compras com o arguido AA. Referiu que BB parecia "um pouco" preocupada e disse à testemunha que a GNR só podia começar a procurar a CC passadas 48 horas. Perguntada, disse que a arguida BB sempre tratou bem a CC. Ao ser-lhe exibida da carta junta aos autos a fls. 1232, confirmou tê-la recebido.
A testemunha AA2, que vive maritalmente com a testemunha anterior (Carla), contou que na 2ª feira de manhã foi com a companheira a casa da BB, confirmando que quando chegaram, a arguida BB vinha das compras com o arguido AA. Perguntaram pela CC e a BB disse que não sabia de nada mas que já tinha feito a participação. A BB pareceu-lhe "um pouco" preocupada. Disse também que a arguida BB sempre tratou bem a CC. Confirmou ter sido ele quem entregou à Polícia Judiciária a carta junta aos autos a fls. 1232 que a companheira recebeu.
A testemunha NN, proprietária da "Pastelaria ...", declarou que no dia 12 de Setembro a CC apareceu na pastelaria, pelas 8h 20m / 8 h 30m, a comprar um pacote de leite e duas latas de atum. A CC pagou com uma nota de 10 €, recebeu o troco e foi embora. Referiu conhecer a CC de a ver na pastelaria e na escola. Perguntada, disse nunca ter visto a arguida BB a ir levar ou a ir buscar a filha à escola. A CC dizia que tinha que ajudar a mãe a tratar dos irmãos, mas nunca viu sinais de maus tratos na menor, nem isso constou na aldeia. Voltando ao dia 12, disse que meia hora depois da CC sair, chegaram à pastelaria o II e o MM. Estiveram lá cerca de 20 minutos, até que apareceu o arguido AA, que se dirigiu a eles e estiveram a conversar. A testemunha não se apercebeu de que falaram e nenhum deles lhe perguntou pela CC. Mais tarde, mais de uma hora depois deles saírem, apareceu no estabelecimento a arguida BB, a qual vinha acompanhada pelo irmão AA (que ficou à espera na rua) e que lhe perguntou pela CC, dizendo então que ela ainda não tinha chegado a casa. A testemunha ficou preocupada e por isso, quando fechou a pastelaria, depois da meia-noite e meia, foi a casa da arguida BB perguntar se a CC já tinha aparecido, tendo obtido por resposta que não. A testemunha perguntou se já tinham telefonado para a GNR, e a BB retorquiu que não porque não tinha dinheiro no telemóvel, pelo que a testemunha foi a casa ligar ela própria a contar a situação. Referiu que não achou a BB muito preocupada.
A testemunha AA3, relatou que no dia 12 de Setembro, pelas 8h 30m / 8h 40m, estava a janela de sua casa, a fumar, quando viu a CC, com um saco na mão, a subir as escadas na proximidade do mercado, em direcção a casa. A testemunha disse que naquele local não havia movimento, não viu carros, nem ouviu qualquer grito, embora se tenha mantido à janela durante mais algum tempo. Referiu que decorria a "Festa do Berbigão", mas ocorria longe daquele local e por ali não havia ninguém.
A testemunha AA4 disse ter visto a CC nessa noite, mas não conseguiu precisar as horas.
A testemunha II, companheiro da arguida BB, afirmou que à data dos factos vivia com a arguida BB e com a CC. Declarou que o arguido AA tinha chegado a casa deles na madrugada do dia 12 de Setembro (domingo). A CC estava desde 5ª feira anterior na casa da mãe da testemunha. A arguida BB no domingo foi também à casa da mãe da testemunha, a uma festa de anos, tendo regressado com a CC à Figueira por volta das 18h. Disse também a testemunha que foi à "Pastelaria Célia" com o MM por volta das 21h e que a dada altura apareceu ali o arguido AA a dizer que a CC tinha ido à pastelaria às 8h e ainda não tinha aparecido. Eles foram para casa (não achou nada de estranho na casa) e a testemunha pediu à BB para ir procurar a CC nos vizinhos (mas não sabe se ela foi efectivamente) enquanto ele foi à festa do berbigão ver se a CC por lá estaria e o MM foi dar uma volta por ali a ver se via a menor. O arguido AA ficou em casa a tomar conta dos filhos da testemunha. A testemunha ficou algum tempo na festa do berbigão mas havia muita confusão e veio embora; voltou depois à festa com a BB e o MM à procura da CC e quando estavam a regressar a casa apareceu a D. Ofélia, a saber da CC e a perguntar se já tinham chamado a GNR. Disseram-lhe que não e ela telefonou. No dia seguinte a testemunha disse à BB para ir à GNR. Declarou ainda a testemunha que numa altura em que se encontrou com a arguida BB nas instalações da Polícia Judiciária, a pedido daquela Polícia, mas numa altura em que se encontravam só os dois, a testemunha perguntou à BB o que tinha acontecido e ela então contou-lhe que "tinha dado uma chapada na CC e que o irmão acabou de a matar", tudo "porque ela os tinha visto a ter relações" e também contou que "tinham posto o corpo numa casa velha e que tinha sido o AA a levá-la às costas". Posteriormente, quando a testemunha foi visitar a arguida BB à cadeia de Odemira, ela negou o que tinha dito e referiu-lhe que só tinha afirmado aquelas coisas porque a Polícia Judiciária lhe tinha batido. Questionado sobre se no dia em que a BB lhe tinha confessado ter agredido CC, a mesma apresentava marcas de ter sido batida, nomeadamente se tinha a cara ou os olhos inchados ou vermelhos, a testemunha disse que não. À testemunha foi também perguntado se tinha na sua casa algum serrote, ao que respondeu que sim, que tinha um serrote pequeno de dentes finos, e que quando a Polícia Judiciária lhe perguntou pelo serrote foi procurá-lo e verificou que tinha desaparecido.
A testemunha MM, que à data viva em casa da BB e do II, declarou que o arguido AA chegou a casa destes na madrugada do dia 12 de Setembro. Disse que no dia 12 saiu de casa pelas 9h 30m / 10h e que só regressou pelas 18h, altura em que foi buscar o II para ir com a testemunha ver uma mota. Chegaram à "Pastelaria ..." por volta das 21h 30m / 22h, onde beberam uma cerveja ou duas e depois chegou o arguido AA que lhes perguntou se tinham visto a CC. Dirigiram-se de imediato para casa. A casa não tinha nada estranho, estava normal, a testemunha também não notou qualquer arrumação ou limpeza. A BB disse-lhes que não sabia da CC e o II decidiu ir à festa do berbigão procurá-la, enquanto a testemunha foi dar uma volta pelo outro lado. Tornaram a ir para casa e decidiram ir de novo à festa, desta vez acompanhados da arguida BB, enquanto o AA ficava em casa com as crianças. Demoraram uma hora ou duas e antes de irem para casa foram comprar bolos para comer.
A testemunha AA5, mãe de II, declarou que a CC esteve em sua casa desde 5ª feira a domingo, dia 12 de Setembro, indo para a Figueira com a mãe pelas 18 h. Nesse dia à noite (já estava deitada) o II telefonou-lhe a perguntar se estava lá a CC, tendo a testemunha respondido que a CC tinha ido com a mãe, ao que o II a informou que a CC tinha desaparecido. Disse ainda a testemunha que a arguida BB tinha a casa sempre limpa e tratava bem da casa. Num dia, depois de lá ter ido a SIC, reparou que havia carraças à porta de casa e num pilar e disse à BB para ela ir comprar creolina para as matar. A BB comprou petróleo, dizendo que não havia creolina, e foi a própria testemunha que procedeu à limpeza, no exterior da casa, com a esfregona.
A testemunha AA6, militar da GNR, declarou que nessa noite decorria o festival do berbigão na Figueira e que após a chamada da D. NN encontrou-se com a arguida BB, o II e outro indivíduo, junto à igreja, tendo a mãe contado que a CC tinha desaparecido, referindo que a tinha mandado ao café e que a última vez que a menor tinha sido vista tinha sido ali, também junto à igreja. A testemunha disse-lhe que no dia seguinte teria que ir ao Posto em Portimão formalizar a queixa. Declarou ainda a testemunha que a mãe não aparentava muita preocupação para um caso destes.
A testemunha AA7, militar da GNR, referiu que no dia 13 de Setembro de 2004, no Posto da GNR de Portimão, entre as 10h 30m / 11h, recebeu a queixa do desaparecimento da CC. Foi a mãe que fez a queixa, acompanhada do arguido AA. A arguida BB aparentava tristeza, mas não chorou. A testemunha recebeu as fotografias que a mãe levava e perguntou-lhe se havia motivos para a CC fugir de casa ou se tinha algumas desconfianças, a tudo tendo a arguida BB respondido que não.
A testemunha UU contou que estava na "Pastelaria ...", por volta das 11h 15m quando apareceram o II e o MM a falar no desaparecimento da CC. Mais tarde, pelas 24h 15m tornou a vê-los, agora acompanhados da arguida BB, a saírem da festa do berbigão. A testemunha falou com eles e reparou que a BB estava calma. O II disse que a CC talvez estivesse com a mãe dele, pelo que a testemunha lhe emprestou o telemóvel para ele fazer a chamada para verificar. A testemunha ainda viu o encontro da BB com a GNR junto à igreja, mas não assistiu à conversa. À 1h 45m tornou a encontrar o II, a BB e o MM, a dirigirem-se para casa, sendo que nessa altura a BB trazia um embrulho que disse serem bolos. A BB continuava muito calma, não estava chorosa, nem agitada. A testemunha referiu que nessa noite não viu o arguido AA.
A testemunha AA8, que à data era proprietária de uma fábrica de bolos na Figueira, contou que só na 2ª feira soube que a CC tinha desaparecido. Confirma que na noite anterior, talvez por volta das 2h, a BB, o II e o MM estiveram na sua fábrica a comprar bolos (parece-lhe que foi a BB que pagou com uma nota de 20 €). Nessa altura a BB não lhe disse que a filha tinha desaparecido, só perguntou se a miúda tinha lá estado. Comprou os bolos normalmente, não aparentando qualquer preocupação.
A testemunha AA9, companheira de um meio-irmão do II, contou que na 2ª feira de manhã (dia 13) a cunhada BB1 lhe telefonou a dizer que a CC tinha desaparecido, pelo que nessa tarde foi a casa da BB. Referiu que a BB tinha estado a chorar e que estava em baixo, nervosa, mas contou-lhe que tinha tido que gastar 2 € para vir a Portimão participar o desaparecimento na GNR. A testemunha contou também que, por sua iniciativa, logo na 3ª feira, fez um panfleto no computador com a fotografia da CC a falar no desaparecimento, o qual fotocopiou, sendo que com o companheiro e a cunhada BB1 andaram a espalhar os panfletos por vários locais de Portimão e Lagos.
A testemunha BB2, meio-irmão do II e companheiro da anterior testemunha, contou que 2ª feira à tarde foi com a companheira a casa da arguida BB, onde se encontrava também o arguido AA (que a testemunha não conhecia). Disse que se via que a BB tinha chorado. Confirmou que a companheira fez os panfletos e que ele os ajudou a distribuir em Portimão e em Lagos.
A testemunha BB3, proprietária de um supermercado na Figueira, declarou conhecer muito bem a CC, de quem era amiga, tendo sido a testemunha que levou a menor à escola no primeiro dia de aulas na Figueira. Também contou que uma vez levou a CC ao Hospital porque ela já andava há muitos dias com tosse e dizia que a mãe não tinha vagar para a levar. A testemunha soube que a CC tinha desaparecido no dia 13 de Setembro de manhã, pelas 9h, por uma vizinha. Declarou que cerca das 10h 20m apareceu no supermercado a arguida BB, a qual lhe disse que já tinha vindo a Portimão à GNR fazer a queixa. A testemunha achou que a arguida estava muito calma, mas pensou que era modo de ser. A BB contou-lhe que a GNR pôs a hipótese de a menor estar com o pai e a testemunha logo arranjou maneira de uma sua prima ir a Lagoa com a arguida BB, ver se a CC estava com o pai, mas não estava. No dia 13 à noite, depois das 21h, a testemunha foi a casa da BB para perguntar se ela já sabia alguma coisa. Em casa estavam a BB, o arguido AA, o II e o MM. A BB continuava muito calma e a filha da testemunha comentou que era muito estranha tal calma. Depois de sair de casa da arguida BB a testemunha ficou a conversar com uma vizinha e pouco depois viu a BB passar com o irmão AA. A BB trazia um saco de asas na mão. A testemunha não viu o que tinha o saco e também não sabe para onde eles se dirigiram. Perguntada, declarou que nunca viu a BB bater na filha CC ou maltratá-la.
A testemunha BB4 contou que na 2ª feira à noite (dia 13), quando estava a conversar com a testemunha BB3, pelas 21h 30m / 10h, viu os arguidos BB e AA, vindos de casa, a subir a rua. Recorda-se que um deles trazia um saco de plástico de asas na mão, mas já não se lembra quem e não se apercebeu de qual seria o conteúdo.
A testemunha BB5 relatou que na 2ª feira à noite (dia 13), viu a testemunha BB3 sair de casa da arguida BB e a filha BB4 chamou-a, ficando todas a conversar. Pelas 21h 30m / 10h, viu os arguidos BB e AA, vindos de casa, com um saco de plástico, mas já não recorda quem trazia o saco e não faz ideia o que continha.
A testemunha BB6, prima da testemunha BB3, contou que na 2ª feira de manhã (dia 13), foi ao supermercado da BB3, onde já se encontrava a arguida BB. Referiu que o arguido AA se encontrava à porta do supermercado. Contou que a pedido da BB3 foi com os dois arguidos a Lagoa procurar o pai da CC, que disse não ter a menor consigo. No regresso, a arguida BB quis ir à Aldeia da Companheira ver se a CC estaria em casa da tia BB8, pelo que também lá foram mas sem sucesso. Perguntada sobre o estado de espírito da arguida BB, a testemunha declarou que não a conhecia anteriormente, mas achou que ela estava com "uma cara estranha".
A testemunha BB7, companheira de UU (irmão dos arguidos), contou que só soube do desaparecimento da CC 3 dias depois, quando o marido leu a notícia no jornal. Declarou que antes do arguido AA ir para a Figueira tinha estado na sua casa, dado não ter residência, mas que se tinha ido embora após se ter zangado com o UU. A testemunha e o companheiro, após saberem do desaparecimento, foram visitar a BB, que estava nervosa e chorosa. No entanto contou-lhes que ia aparecer na televisão. A testemunha ainda referiu que o relacionamento da BB com a CC era bom.
A testemunha BB1 , irmã do II, disse que no domingo, por volta da meia-noite, a mãe referiu-lhe que o II tinha telefonado a saber se a CC estava lá em casa. Declarou a testemunha que a CC tinha estado lá em casa desde 5ª feira até domingo e que era para só ir para casa na 2ª feira, mas como a mãe tinha ido à festa de anos, convenceu-a a ir mais cedo, dizendo que podiam ir ao festival do berbigão e que também lá estava o tio. Saíram por volta das 18h. Na 2ª feira de manhã (dia 13), por volta das 14h, a testemunha foi ver a BB. Em casa estavam também o AA e o II. Nessa altura a BB referiu-lhe como é que a CC estava vestida e calçada quando desapareceu. Mais tarde, a testemunha deparou com os sapatos que a BB tinha dito que a CC tinha calçados e confrontou a BB com isso, tendo ela respondido que então a CC devia ter trocado de sapatos e que tinha levado as chinelas. Porém, posteriormente, a testemunha encontrou uma das chinelas debaixo do sofá da sala e a outra chinela no quarto. Procurou o calçado da CC e encontrou em casa todos os sapatos, sandálias e chinelas que ela usava nesse Verão.
A testemunha BB8, tia dos arguidos, contou que na 2ª feira de manhã (dia 13) apareceram em sua casa os arguidos AA e BB. A BB disse-lhe que tinham ido à polícia dizer que "tinham roubado a CC". Nem a BB nem o AA estavam nervosos, estavam calmos. Contou ainda a testemunha que tinha visto o AA no sábado anterior com um saco, dizendo-lhe o AA que vinha da casa do UU. Mais tarde o UU, conhecido por "...", disse-lhe que tinha levado o AA até à casa da BB, na Figueira.
A testemunha BB9, sogra da CC1 = (irmã dos arguidos) declarou que passados 2 ou 3 dias depois de ter ouvido que a CC tinha desaparecido, o arguido AA apareceu em casa da sua nora Anabela, que vive ao pé da testemunha, a pedir comida. Nesse dia à tarde, apareceram uns senhores da Polícia Judiciária que levaram o AA e depois o trouxeram. Referiu que o AA esteve uns dias em casa da Anabela.
A testemunha CC1 = , irmã dos arguidos, confirmou que o AA esteve uns dias em sua casa, como já tinha estado de outras vezes, dado não ter emprego ou residência certos. Não se recordava de ter falado com o AA ao telefone. Declarou que passados 8 dias do desaparecimento da CC foi a casa da BB que lhe disse que não sabia o que foi feito da filha.